O conflito em Gaza, que dura há mais de uma semana, já fez centenas de vítimas. Entre elas, estão dois dos mais conceituados médicos de Gaza, um deles era o segundo responsável pela task force da vacinação contra a Covid-19 na região.
Os dois profissionais de saúde foram vítimas de ataques que destruíram as suas casas.
Segundo a AFP, além destas mortes, há ainda a salientar o facto de o sistema de saúde de Gaza estar cada vez mais fragilizado, numa altura em que o território vive a sua quarta guerra no espaço de apenas uma década.
Os hospitais estão sobrecarregados com mortos e feridos resultantes dos bombardeamentos protagonizados por Israel. Muitos medicamentos estão a esgotar-se tal como o combustível, essencial para que a região tenha eletricidade.
Numa altura em que, além do conflito, também a pandemia continua a estar presente, sabe-se que um dos poucos laboratórios de testagem à Covid-19 foi destruído após um ataque aéreo.
As famílias afirmam ainda que os locais de abrigo onde se juntam para estar protegidos da guerra faz, por outro lado, com que várias pessoas estejam reunidas no mesmo espaço, propício à propagação do vírus.
Posto isto, o sistema de saúde está a lutar para lidar tanto com as baixas da guerra como com as necessidades diárias dos 2 milhões de pessoas de Gaza, uma situação que dizem ser "assustadora".
A atual escalada de violência na zona provocou a morte a 227 palestinianos em Gaza, entre os quais 64 menores e 1.620 feridos. Em Israel morreram 12 pessoas, entre as quais dois menores e registam-se 340 feridos.
Entretanto, Israel voltou a bombardear Gaza durante esta madrugada, apesar das pressões internacionais no sentido do cessar-fogo. Hoje, o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Heiko Mass, deve reunir-se com as autoridades de Israel e palestinianas numa tentativa para que seja alcançada uma trégua.
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