Em conferência de imprensa na véspera de uma reunião ministerial da organização por videoconferência, na terça-feira, Stoltenberg disse estar "ao corrente" das informações de que a Dinamarca permitiu aos Estados Unidos a utilização dos seus cabos de telecomunicações para espiar líderes europeus.
"Mas também sei que os países envolvidos trabalham agora no estabelecimento dos factos e em colocá-los na totalidade em cima da mesa", acrescentou.
O político norueguês assinalou que a NATO "como organização, não está envolvida", e "que não lhe compete abordar estes assuntos".
"Espero que esses aliados que estão envolvidos se sentem, estabeleçam os factos e abordem esses problemas", concluiu.
De acordo com uma investigação da televisão pública dinamarquesa DR e outros media, os serviços de informações dinamarqueses terão ajudado a Agência de Segurança Nacional americana (NSA) a colocar escutas nos telemóveis da chanceler alemã, Angela Merkel, e do então ministro do Exterior, Frank-Walter Steinmeier, atual Presidente da Alemanha.
Na investigação jornalística são ainda citados o líder social-democrata alemão, Peer Steinbruck, e altos dirigentes da França, Suécia e Noruega.
O escândalo de espionagem dirigido pelos Estados Unidos a Merkel e outros líderes começou a emergir em 2013 e deteriorou as relações entre Berlim e Washington, os grandes aliados transatlânticos.
Na ocasião, Merkel manifestou o seu desagrado ao então Presidente dos EUA, Barack Obama, ao considerar "inaceitável a espionagem entre amigos".
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