Bielorrússia: Líder da oposição pede julgamento internacional a ditadura
A líder da oposição da Bielorrússia no exílio, Svetlana Tijanovskaya, pediu hoje uma investigação internacional sobre os delitos da "ditadura" do Presidente bielorrusso, que acusa de intensificar a repressão desde 2020.
© Getty Images
Mundo Svetlana Tijanovskaya
"Insto a que se inicie num tribunal internacional uma investigação sobre os delitos da ditadura de [Alexander] Lukashenko no passado e nos dias que marcaram o período eleitoral de 2020", pediu a ativista, num discurso perante o Senado da República Checa.
Após denunciar a violência e terror cometidos pelo regime de Minsk contra si própria, Tijanovskaya pediu ao Governo de Praga que lidere o processo-crime contra Lukashenko.
Dezenas de milhares de pessoas foram presas desde o ano passado por participação em manifestações pacíficas "ou pela cor das calças que vestem", afirmou a líder bielorrussa, referindo-se às cores vermelho e branco que se transformaram no símbolo da resistência contra Lukashenko.
"Se o mundo civilizado considera inaceitável que um país com nove milhões de habitantes, na Europa, esteja controlado por terroristas, tem muitas ferramentas para o parar", acrescentou.
A ativista política foi candidata presidencial nas eleições de agosto de 2020, mas Lukashenko, que governa o país desde 1994, proclamou-se vencedor, com 80% dos votos, apesar dos atos fraudulentos denunciados pela oposição.
Perante as detenções de opositores e jornalistas durante a campanha eleitoral, o bloqueio da rede de internet e as suspeitas de fraude, a União Europeia e os Estados Unidos não reconheceram o resultado das eleições.
Tijanovskaya, que se encontra refugiada na Lituânia desde a altura em que foram divulgados os resultados eleitorais, pediu para que os serviços de informações da Bielorrússia (KGB) e o departamento que investiga o crime organizado sejam considerados "organizações criminosas pelo terror que causam junto da população".
No mesmo discurso, em Praga, Tijanovskaya mostrou-se convencida de que a constante pressão no interior do país e a ajuda externa "podem alterar a situação e evitar novas vítimas".
Para a líder da oposição, a "única forma de resolver a crise é com eleições livres com observadores internacionais".
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