Bielorrussia: Comissão Europeia critica regime e anuncia mais sanções

O vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Frans Timmermans, afirmou que a Bielorrússia vai ser alvo de mais sanções, descrevendo o Governo do Presidente Alexander Lukashenko como "um regime ilegítimo" que coloca propositadamente os cidadãos da UE em perigo.

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Lusa
10/06/2021 08:05 ‧ 10/06/2021 por Lusa

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Num texto de opinião publicado pela agência noticiosa Euractiv, Timmermans apontou críticas duras ao Presidente da Bielorrússia e reprovou o desvio do avião da Ryanair, no dia 23 de maio, que resultou na detenção de Roman Protasevich, jornalista e um dos criadores do canal Nexta, na rede social Telegram.

A União Europeia respondeu ao incidente com a aplicação de sanções à Bielorrússia, como a restrição de voos pelo espaço aéreo bielorrusso e a proibição de voos oriundos do país.

"A reação da UE a este ultraje foi unida, rápida e clara", defende Timmermans, reforçando que este acontecimento coloca "em perigo" os cidadãos da União Europeia e afeta "direta e negativamente os interesses e segurança dos estados-membros da União Europeia".

O vice-presidente da Comissão defende ainda que a UE deve ajudar os cidadãos bielorrussos, através de bolsas de estudo financiadas por universidades europeias (do programa Erasmus), oferta de empregos e estágios, financiamento de estruturas de apoio psicológico a exilados, entre outros apoios.

Timmermans acusa também o regime de Lukashenko de reprimir as liberdades e os direitos dos cidadãos bielorrussos, comparando os métodos utilizados pelo Presidente com os dos serviços de informações da União Soviética, o KGB.

"O objetivo é claro: atacar o medo em toda a sociedade, mostrando a destruição política, moral e psicológica daqueles que têm a coragem de se manifestar contra o regime", explica Frans Timmermans, que diz que "os bielorrussos estão agora a viver um pesadelo".

O vice-presidente da Comissão Europeia enumerou vários meios que o regime bielorrusso utiliza, desde "julgamentos simulados" e "confissões falsas", até detenções em "instituições psiquiátricas ou campos de trabalhos forçados".

Frans Timmermans concluiu incitando à luta pela liberdade e ao apoio aos opositores do regime ditatorial de Lukashenko, referindo que esta também é uma luta pelos valores da União Europeia.

Leia Também: Oposição bielorussa quer crimes de Lukashenko em tribunal internacional

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