Declaração para prevenir futuras pandemias é um "momento histórico"

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, saudou hoje como um "momento histórico" a declaração proposta pelo G7 para prevenir futuras pandemias, que visa em particular reduzir o tempo para desenvolver vacinas e reformar a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Lusa
12/06/2021 11:12 ‧ 12/06/2021 por Lusa

Mundo

G7

 

"Com este acordo, as principais democracias do mundo vão comprometer-se a evitar que uma pandemia global volte a acontecer, para que a devastação causada pela covid-19 nunca se repita", disse Boris Johnson, na sua conta na rede social Twitter.

Dirigentes dos países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) e da União Europeia estão hoje reunidos em Carbis Bay, na Cornualha, sudoeste de Inglaterra, onde se vão juntar também o secretário-geral da ONU, António Guterres, e os líderes da Austrália, África do Sul, Coreia do Sul e Índia, este último por videoconferência. 

Hoje, segundo dia da reunião, espera-se que aprovem a 'Declaração de Carbis Bay' que estabelece uma série de compromissos concretos para evitar qualquer repetição de uma crise pandémica como aquela provocada pelo novo covonavírus.

O assessor científico de Boris Johnson, Patrick Vallance, e a filantropa Melinda Gates, vão apresentar o trabalho da Parceria de Preparação para Pandemias (Pandemic Preparedness Partnership, PPP), composto por especialistas internacionais de instituições governamentais, industriais e científicas para aconselhar o G7.

O relatório, intitulado "Missão 100 dias para Responder a Futuras Ameaças Pandémicas", contém recomendações para a resposta para reduzir o tempo necessário para desenvolver e licenciar vacinas, tratamentos e diagnósticos para qualquer doença futura para menos de 100 dias, um compromisso para reforçar as redes de vigilância mundial e a capacidade de sequenciação genómica e apoio para a reforma e fortalecimento da OMS.

A coordenação no combate e recuperação da pandemia covid-19 dominam esta cimeira do G7, a primeira presencial em dois anos, com discussões sobre como aumentar a capacidade de produção de vacinas e tornar o acesso mais equitativo. 

Na abertura, Boris Johnson disse ser importante os líderes evitarem os erros cometidos no início da pandemia, marcada pela falta de coordenação internacional.

Espera-se que desta cimeira saiam compromissos para a doação de pelo menos mil milhões de vacinas a países desfavorecidos, das quais os EUA avançaram com 500 milhões e o Reino Unido 100 milhões até 2022.

A Organização Mundial da Saúde estima serem necessárias 11 mil milhões de doses para vacinar 70% da população mundial e travar a pandemia covid-19.

Os trabalhos terão hoje sessões dedicadas à economia, política externa e saúde, concluindo no domingo com discussões sobre o ambiente. 

Várias reuniões bilaterais são esperadas à margem, nomeadamente entre a União Europeia e Reino Unido para discutir as divergências relacionadas com a aplicação na Irlanda do Norte do acordo para o 'Brexit'. 

A publicação do comunicado final e conferências de imprensa de conclusão da Cimeira estão previstas para o início da tarde de domingo. 

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