"Os testes realizados revelam conclusivamente que as pedras descobertas na área não são diamantes, como alguns esperavam. De facto, o que foi descoberto são cristais de quartzo", disse o governo da província sul-africana de KwaZulu-Natal, onde se encontra KwaHlathi, numa declaração proferida domingo à noite.
A febre dos diamantes em KwaHlathi, a cerca de 400 quilómetros a sudeste de Joanesburgo e 1.193 de Moçambique, eclodiu em junho deste ano, após um pastor local ter descoberto algumas pedras preciosas e de se ter espalhado a notícia de que poderiam ser diamantes.
Pessoas de todo o país começaram a afluir a esta área empobrecida da África do Sul para tentarem a sorte na mineração ilegal, tendo-se registado dias em que foram vistas mais de 1.000 pessoas a cavar, na procura dos alegados diamantes, de acordo com os meios de comunicação locais.
As autoridades KwaZulu-Natal comprometeram-se a estudar o fenómeno com especialistas geológicos, que finalmente revelaram que as pedras não são mais do que cristais de quartzo, muito comuns nesta parte do país.
O relatório de resultados salientou que KwaHlathi não é uma área de mineração de diamantes e salientou que a mineração ilegal representa "altos riscos" de "degradação ambiental" na área.
As autoridades locais também alertaram para os perigos que as multidões estão a colocar na luta contra a covid-19, com a África do Sul - o epicentro da pandemia em África - a atravessar a sua terceira grande onda de infeção.
A exploração mineira ilegal é uma atividade comum na África do Sul, um país extremamente desigual, com elevados níveis de pobreza que castigam especialmente a população negra. Trata-se de uma prática que envolve geralmente pessoas de meios limitados.
Leia Também: Botsuana anuncia descoberta de terceiro maior diamante conhecido no mundo