Ataque de rebeldes ugandeses no Congo faz 11 mortos
Onze civis foram mortos quarta-feira à noite no nordeste da República Democrática do Congo (RDCongo), num ataque das Forças Democráticas Aliadas (ADF), segundo revelaram hoje ativistas da sociedade civil.
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O ataque ocorreu no bairro de Rwangoma, localizado na cidade de Beni, na província do Kivu Norte, onde os rebeldes fizeram uma incursão.
"Os atacantes tinham-se misturado com a população. Foi por volta das 23:00 e atuaram durante várias horas. Foi até às 02:30 de hoje, quando terminaram e partiram", disse à agência Efe, por telefone, o presidente da sociedade civil de Beni, Kizito Bin Hango.
"Atacaram casas, onde entraram e mataram pessoas", disse Hango, acrescentando que os atacantes usaram armas de fogo e armas com lâminas e "levaram comida".
"Outros civis foram mortos na praça central do Rwangoma, onde recolhemos nove corpos, e outros dois numa estrada, para os levar para a morgue do hospital geral de Beni", acrescentou o ativista.
A vizinhança está rodeada por tropas do exército. "Estamos a trabalhar. O inimigo já está enfraquecido. Vamos exercer mais pressão sobre eles", disse o porta-voz militar, capitão Mack Azukay, sem dar pormenores sobre o ataque.
Na segunda-feira passada, pelo menos 14 civis foram mortos noutro ataque dos rebeldes ugandeses das ADF, na cidade de Manzobe, província vizinha de Ituri.
As províncias do Kivu Norte e Ituri, atingidas durante anos por um conflito alimentado por milícias rebeldes e ataques de soldados regulares do exército, têm estado sitiadas e sob administração militar desde 06 de maio, em resposta à escalada de violência.
As ADF iniciaram a sua violenta campanha em 1996 no Uganda ocidental, como protesto político contra o regime do Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, a quem acusaram de ser anti-muçulmano, até que o exército os obrigou a retirarem-se para a fronteira com a RDC.
Desde então têm feito incursões em território congolês, mais frequentes e violentas no último ano, aproveitando uma geografia montanhosa que lhes permite esconderem-se das operações militares e da missão das Nações Unidas no país (Monusco), que enviou mais de 15.000 soldados.
A sua agenda não é clara, além de uma possível ligação com a organização rebelde Estado Islâmico.
Segundo o último relatório publicado pelo indicador de monitorização Kivu Security Tracker, cerca de 120 grupos armados continuam ativos no leste da RDCongo, espalhados entre as províncias do Kivu Norte, Kivu Sul, Ituri e Tanganica.
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