"Manifestámos esse interesse e dentro de 15 dias vamos saber. Estamos em condições de albergar a próxima cimeira da CPLP", afirmou aos jornalistas no aeroporto, em Bissau, momentos após ter regressado de Luanda.
Umaro Sissoco Embaló deslocou-se na sexta-feira a Luanda, Angola, para participar na XIII Conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP, em que esteve em destaque a assinatura do acordo de mobilidade, que terá de ser ratificados pelos Estados-membros e que vai permitir a circulação a profissionais, estudante e empresários.
"Eu penso que sempre houve mobilidade. A Guiné-Bissau e Portugal não tinham essa mobilidade, sobretudo, na isenção de passaportes diplomáticos, de serviço e especiais. Haverá um critério rigoroso para que possamos alcançar isso em relação a todos os países", afirmou Umaro Sissoco Embaló, quando questionado sobre o acordo.
O Presidente guineense disse também que nesta primeira fase "não sabe", porque "mobilidade significa supressão de vistos em todos os passaportes".
"Mas eu quero ir com cuidado", afirmou.
Sobre as relações entre a Guiné-Bissau e Angola, Umaro Sissoco Embaló disse que a sua "ida ajudou a dissipar algumas coisas".
"Havias pessoas que tinham reservas de que eu ia", afirmou, salientando que a comitiva guineense foi recebida em Angola com toda a cordialidade e com todo o respeito.
"A Guiné-Bissau mudou de rumo e é um Estado como qualquer outro Estado, um Estado soberano. A Guiné-Bissau não é um país falhado, tem um chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, e no concerto das nações não há pequenos e grandes Estados. Eu tenho um compromisso com o país", afirmou.
O Presidente guineense insistiu que os angolanos são irmãos dos guineenses e que foram recebidos com toda a cordialidade.
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