Joe Biden admitiu a medida quando interpelado por um jornalista à margem de uma visita ao gabinete do diretor dos serviços de informações dos EUA, em Washington.
Esta possibilidade surge num momento em que os EUA estão a testemunhar um crescimento de novos casos da doença covid-19 e que as autoridades tentam gerir a progressão no país da variante Delta do coronavírus SARS-CoV-2, identificada como mais transmissível e mais resistente.
Tentar sensibilizar os norte-americanos que se recusam a ser vacinados ou que mostram alguma relutância em serem inoculados tem sido outro dos esforços das autoridades.
Num comunicado, também hoje divulgado e citado pelas agências internacionais, Joe Biden defendeu que os EUA precisam "fazer melhor" ao nível da vacinação anti-covid, indicando que irá anunciar, na próxima quinta-feira, novas medidas.
"Temos visto um aumento da vacinação nos últimos dias, mas precisamos de fazer melhor. Na quinta-feira, irei apresentar novos passos do nosso esforço para vacinar mais americanos", disse o chefe de Estado.
As declarações de Biden surgem um dia depois do Departamento para os Assuntos dos Veteranos ter anunciado que ia exigir aos seus profissionais de saúde que fossem vacinados contra a covid-19.
Trata-se da primeira agência norte-americana federal a assumir tal medida.
Em declarações feitas hoje, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, não descartou a hipótese de mais agências federais aplicarem este requisito, acrescentando na mesma ocasião que a administração norte-americana "vai continuar a procurar formas de proteger a (sua) força de trabalho e de salvar mais vidas".
Na segunda-feira, as autoridades do estado norte-americano da Califórnia e da cidade de Nova Iorque anunciaram que todos os seus funcionários públicos, incluindo professores, agentes policiais, bombeiros ou profissionais de saúde, terão de estar vacinados contra a covid-19 ou terão de realizar testes de diagnóstico semanais.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.169.966 mortos em todo o mundo, entre mais de 194,6 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
Os EUA continuam a ser o país mais afetado a nível global, tanto em número de mortos como de casos, com um total de 610.952 mortes entre 34.533.187 casos recenseados, segundo a contagem da universidade norte-americana Johns Hopkins.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
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