Uma investigação determinou que o governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, assediou sexualmente "várias mulheres", dentro e fora do governo estadual. O anúncio foi feito pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James, em conferência de imprensa, esta terça-feira.
O relatório divulgado, segundo a Associated Press, refere ainda que Cuomo e a sua equipa terão tentado retaliar contra uma antiga funcionária que o acusou de conduta imprópria.
A investigação, de quase cinco meses, foi conduzida por dois advogados externos que entrevistaram 179 pessoas, reviram dezenas de milhares de documentos, textos e fotografias e que declararam que a administração Cuomo era um “ambiente de trabalho hostil”, que estava “repleta de medo e intimidação”.
As pessoas entrevistadas incluíram as queixosas, atuais e ex-funcionários, policiais estaduais, funcionários do Estado e outros que interagiam regularmente com o governador.
“Essas entrevistas e evidências revelaram um quadro profundamente perturbador, mas claro: o Governador Cuomo assediou sexualmente várias mulheres, incluindo funcionárias e ex-funcionárias estaduais, violando legislação federal e estadual”, disse a procuradora-geral durante a apresentação do relatório.
Até então, o democrata, três vezes eleito, tem-se mantido firme no cargo e nega todas as acusações que lhe têm vindo a ser feitas, tendo apenas pedido desculpa por atos que possam ter feito algumas mulheres “sentir-se desconfortáveis”.
A conclusão da investigação vem colocar ainda mais pressão sobre Cuomo, que tem mostrado intenções de voltar a concorrer ao cargo uma quarta vez, e deverá motivar novos pedidos de renúncia ou o impeachment.
Leia Também: Cuomo deve receber mais de 4 milhões do acordo para livro sobre pandemia