A explosão de centenas de toneladas de nitrato de amónio armazenado no porto de Beirute, em 4 de agosto de 2020, causou mais de 200 mortos, 6.500 feridos, 300.000 pessoas deslocadas e a destruição generalizada na capital, mas as conclusões do inquérito ainda não são conhecidas.
"A França e muitos outros (países) cooperaram no sentido de fornecer todas as informações de que dispõem. Estamos disponíveis para toda e qualquer cooperação técnica", que ainda seja necessária para o inquérito, cujas "conclusões são ainda esperadas por toda a população libanesa", disse Emmanuel Macron.
O Presidente francês referiu-se ao inquérito à explosão num discurso proferido durante a conferência internacional de apoio ao Líbano que decorre através de meios remotos a partir do Forte de Bregançon, em Var, França.
Tal como estava previsto, a França vai colaborar com 100 milhões de euros para "novos compromissos" para com o Líbano.
Macron anunciou que a ajuda financeira pode vir a ser aplicada nomeadamente no ensino e na agricultura e na aquisição de bens alimentares.
Paralelamente, foi anunciado que o Governo francês vai enviar para o Líbano 500 mil doses da vacina contra a covid-19.
A França e a ONU promovem hoje uma videoconferência com representantes de cerca de 40 Estados e organizações internacionais para angariar 350 milhões de dólares (295,3 milhões de euros) para a população do Líbano, estimada em 5,2 milhões de pessoas.
A iniciativa decorre sob a égide do Presidente francês, Emmanuel Macron, e do secretário-geral da ONU, António Guterres.
A explosão no porto de Beirute provocou danos em cerca de 9.700 edifícios, de acordo com estimativas da ONU.
Um ano depois, o Líbano está mergulhado numa crise socioeconómica, considerada a pior da sua história.
A data será assinalada no Líbano com várias cerimónias de homenagem às vítimas e com um minuto de silêncio às 18:07 locais (15:07, hora de Lisboa), precisamente à hora em que ocorreu a explosão.
Organizações de direitos humanos como a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch acusaram as autoridades libanesas de obstruir a investigação sobre a explosão, ainda não concluída, e de proteger políticos e funcionários, a fim de os exonerar das suas responsabilidades.
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