"Autorizei o envio de militares adicionais para apoiar a presença diplomática em Cabul, para ajudar os britânicos a deixar o país e para apoiar a realocação de ex-funcionários afegãos que arriscaram as suas vidas ao nosso lado", afirmou Ben Wallace, num comunicado.
A decisão de Londres foi anunciada pouco depois de os Estados Unidos terem divulgado uma operação militar similar.
Washington indicou que vão ser enviados 3.000 militares para o Afeganistão para garantir a retirada de parte do pessoal da embaixada em Cabul, que será reduzida face ao avanço dos talibãs e mais 3.500 para o Qatar, onde foiçarão de prevenção caso a situação na capital afegã se deteriore.
Segundo o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, ao mesmo tempo, Washington vai acelerar, com voos diários, a evacuação de intérpretes e outros contratados que apoiaram o exército dos Estados Unidos, que podem ser ameaçados de represálias se os talibãs tomarem o poder.
As tropas norte-americanas vão garantir apoio terrestre e aéreo na segurança das operações, nomeadamente dos norte-americanos enviados ao aeroporto de Cabul, disse o oficial, que pediu anonimato ao abordar um plano ainda não divulgado.
Os talibãs lançaram uma vasta ofensiva contra as forças do Governo de Cabul no início de maio, após o anúncio da retirada final das forças internacionais do Afeganistão, que deve estar concluída no final deste mês.
Localizado na Ásia, o Afeganistão faz fronteira com seis países (Paquistão, Tajiquistão, Irão, Turquemenistão, Uzbequistão e China), sendo a paquistanesa a mais extensa, com 2.670 quilómetros.
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