Pelo menos 71 pessoas morreram desde segunda-feira nos incêndios intensificados pelo calor extremo, segundo o último balanço das autoridades, que denunciam uma origem "criminosa".
Depois de anuncia "a extinção esta manhã de todos os incêndios florestais em Tizi Ouzou", a Proteção Civil relatou o início de cinco fogos na área desta prefeitura.
Bombeiros e voluntários continuam a combater 35 fogos em outras 11 prefeituras, nomeadamente em Jijel, Bejaia e Boumerdès, de acordo com o último balanço da Proteção Civil.
No total, foram extintos 76 incêndios, de uma centena registada na quinta-feira em 15 prefeituras do país.
Face à tragédia, ocorrem as manifestações de solidariedade e os apelos à ajuda multiplicam-se na sociedade civil, dentro e fora da Argélia.
Dois bombardeiros de água franceses intervieram na quinta-feira na Cabília e três outros são esperados hoje vindos da Espanha e da Suíça, segundo o Presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune.
No segundo dia do luto nacional decretado em homenagem às vítimas, foi feita uma oração pelos ausentes logo após a oração semanal da sexta-feira muçulmana nas mesquitas argelinas.
Maior país de África, a Argélia tem apenas 4,1 milhões de hectares de floresta, com um índice de reflorestação de 1,76%.
Todos os anos o norte do país é afetado por incêndios florestais. Em 2020, arderam quase 44.000 hectares de floresta.
Os incêndios que se multiplicam em todo o mundo estão associados a vários fenómenos previstos pelos cientistas devido ao aquecimento global.
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