Afeganistão: Representante civil da NATO já saiu do país

O representante da NATO para o Afeganistão, Stefano Pontecorvo, confirmou hoje a sua saída de Cabul e o fim da respetiva missão no país, após a retirada das forças internacionais, poucos dias antes do fim do prazo.

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Lusa
28/08/2021 13:17 ‧ 28/08/2021 por Lusa

Mundo

Stefano Pontecorvo

 

"Desembarquei em Roma com minha equipa da NATO e com afegãos em risco. Unidos com todos os aliados num tremendo esforço de retirada. Vou continuar o meu trabalho fora do Afeganistão para que outros possam sair em segurança", disse hoje numa mensagem publicada na rede social Twitter.

Na publicação em que também colocou uma fotografia com parte do pessoal com quem viajou, acrescentou que a NATO continua a pressionar para que haja um corredor seguro e de acesso humanitário.

O diplomata italiano já tinha anunciado hora antes a sua partida do aeroporto de Cabul.

"A sair de Cabul com o coração pesado. Os meus agradecimentos a todos os aliados e parceiros da NATO pelo enorme esforço de retirada, apesar de todos os desafios", escreveu.

O representante coordena as retiradas de cidadãos estrangeiros e afegãos desde 15 de agosto, quando os talibãs assumiram controlo do país, após a conquista de Cabul.

Até o momento, mais de 100.000 cidadãos afegãos e estrangeiros considerados vulneráveis foram retirados do país pelos Estados Unidos e pelas forças da coligação, desde 14 de agosto.

Embora ainda existam milhares de pessoas a tentar fugir do país, faltam apenas alguns dias para 31 de agosto, data estabelecida pelos EUA para a retirada dos militares.

Vários países já anunciaram o fim das operações de retirada de pessoas do Afeganistão, enquanto os talibãs relatam a tomada de várias áreas do aeroporto que eram controladas pelos americanos.

As retiradas têm sido um grande desafio para as forças de segurança com milhares de cidadãos na base aérea desesperados para tentar embarcar.

Os talibãs conquistaram Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.

As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e aliados na NATO, incluindo Portugal.

Leia Também: Itália termina ponte aérea para retirar mais de 5 mil afegãos

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