Mais de 7 mil pessoas desapareceram na Líbia desde 2011

Mais de 7.000 pessoas desapareceram na Líbia na sequência dos conflitos armados desde a queda do regime de Muammar Kadhafi em 2011, segundo dados da Autoridade para Busca e Identificação de Pessoas Desaparecidas publicados hoje na imprensa.

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Lusa
31/08/2021 14:31 ‧ 31/08/2021 por Lusa

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Líbia

 

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"O número de pessoas desaparecidas à força continua a crescer", alertou o presidente da organização, Kamal al Siwi, apelando aos atuais dirigentes políticos para que travem essa situação.

"É preciso fazer um esforço conjunto entre todas as instituições do Estado para que a autoridade cumpra as suas obrigações para com todos os desaparecidos e ponha fim à tragédia das suas famílias", sublinhou.

Na segunda-feira, por ocasião do Dia Internacional das Pessoas Desaparecidas, um grupo de familiares das vítimas da cidade de Tarhuna, onde foram encontradas várias valas comuns com centenas de cadáveres, reuniu-se na Praça dos Mártires para denunciar o massacre que terá sido organizado por membros da tribo local Al Kani e milícias associadas ao marechal Khalifa Hafter, o homem forte do país.

Os participantes exigiram que os autores dos crimes fossem responsabilizados e processados e que o destino dos seus filhos desaparecidos fosse revelado.

Ibrahim Saed, representante de Tarhouna no parlamento estabelecido na cidade de Toubruk, sob a tutela de Hafter, lembrou ao poder executivo e ao judicial que as suas funções não são apenas procurar os desaparecidos, mas também processar os perpetradores desses desaparecimentos.

Ahmed Muto, filho de um dos desaparecidos, exigiu que as autoridades acelerem as análises de ADN para avançar no processo de identificação dos corpos exumados das valas comuns desta cidade, localizada a cerca de 80 quilómetros de Trípoli, e para que os culpados sejam julgados.

Tarhouna estava sob controlo de milícias aliadas de Hafter, guardião do Governo não reconhecido pela comunidade internacional no Leste, durante o cerco erguido contra a capital, sede do Governo de Acordo Nacional (GAN), apoiado pela ONU.

De acordo com organização humanitárias internacionais, mais de 8.000 pessoas morreram na Líbia desde que o país se dividiu em dois, em 2015, provocando uma guerra civil.

Leia Também: Chade rejeita regresso de "mercenários" chadianos presentes na Líbia

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