"Boanda" resulta da união das últimas sílabas das palavras Lisboa e Luanda e apresenta um conjunto de obras inspiradas nos encontros improvisados, confluências de ideias e as trocas de materiais das duas culturas -- portuguesa e angolana -- que proporcionaram aos artistas um novo olhar sobre a contemporaneidade na arte.
"Uma simbiose de valores que 'Boanda' procura consubstanciar: a inclusão identitária, o poder da imaginação e a aprendizagem local, provando que as coisas que nos unem são maiores do que as que nos separam", descreve a curadora, Elisa Ochoa.
A pandemia de covid-19 proporcionou a criação de alternativas e métodos de trabalho coletivo menos convencionais.
"Algumas obras foram sendo construídas passo a passo, a quatro, seis e oito mãos, como se de uma correspondência se tratasse entre os vários intervenientes: Tim Madeira em Cascais, Hamilton Francisco em Coimbra, Sara Maia em Santa Cruz das Flores, e Rita GT em Viana do Castelo", prossegue.
António Gonçalves e Tim Madeira recorreram a matérias-primas locais e inspiraram-se no dia a dia das pessoas e em alguns aspetos das culturas tradicionais em Angola.
A exposição que estará aberta ao público até 14 de dezembro resulta de uma parceria entre o Camões, o Caixa Angola e a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), contando ainda com o apoio da Movart e da empresa Delta Q.
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