A emissora pública Rádio Moçambique noticiou hoje que Filipe Nyusi expressou a sua preocupação com a decisão de vários países, incluindo da União Europeia (UE), de impor restrições nos voos para África Austral, na sequência da descoberta da variante Ómicron da covid-19, numa mensagem que o estadista enviou ao Presidente do Maláui e em exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), Lazarus Chakwera.
"A proibição de viagens vai prejudicar o setor turístico e interferir negativamente no transporte de bens essenciais", refere a mensagem de Nyusi.
O chefe de Estado moçambicano alertou para o risco do agravamento de dificuldades no acesso a vacinas e testes de covid-19 por parte dos países da SADC, devido a limitações nas viagens.
Nyusi felicitou o presidente em exercício da SADC por ter recentemente denunciado como "instintiva" a decisão de impedir voos para a África Austral.
Vários países proibiram voos regulares com os estados da África Austral, na sequência da recente descoberta da Ómicron na África do Sul.
A covid-19 provocou pelo menos 5.311.914 mortes em todo o mundo, entre mais de 269 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
A variante Ómicron, classificada como "preocupante" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 57 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
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