Em declarações aos jornalistas, na cidade da Praia, após uma comunicação conjunta com o Presidente da República, José Maria Neves, o chefe do Governo deu conta que pelo menos cinco membros do Governo já foram infetados, mas avançou que a covid-19 está também a afetar os gabinetes.
"Estou neste momento com um gabinete praticamente parado. Está a afetar pessoas de segurança e está a afetar profissionais de saúde, que é onde a ação é muito mais complicada", afirmou.
Para o primeiro-ministro, quanto menos médicos e enfermeiros o país tiver disponível, mais difícil ficará o sistema de resposta do sistema de saúde, não só para tratar questões relacionadas com a covid-19, mas também para tratar de outras doenças, nomeadamente no serviço de urgência.
Na comunicação, Ulisses Correia e Silva anunciou a contratação de mais pessoal de saúde, nomeadamente enfermeiros, e, tal como o Presidente da República, pediu um "cerrar de fileiras" para dar combate ao novo coronavírus.
O país tem registado nos últimos dias recordes diários de novos infetados com o novo coronavírus, com 1.025 na terça-feira, dia em que confirmou a presença da variante Ómicron a circular no arquipélago.
Neste momento, Cabo Verde tem uma taxa de incidência acumulada de 810 casos por 100 mil habitantes, uma taxa de transmissibilidade de 2,52, taxa de positividade de 21,2% e uma taxa de ocupação hospitalar de 30%.
Quanto à vacinação, até domingo último 84,1% dos adultos no país já estavam imunizados com a primeira dose, 70,8% com a segunda, 1,8% com a dose de reforço e 46,5% dos menores dos 12 aos 17 anos também já tinham recebido a primeira dose.
Na semana passada, o Governo elevou o país a situação de contingência, até 20 de janeiro, e apertou várias regras para tentar conter a propagação do vírus no país.
Até terça-feira, Cabo Verde tinha um acumulado de 44.592 casos de infeção pelo novo coronavírus, 5.568 casos ativos, 38.643 casos considerados recuperados e 354 óbitos provocados pela doença.
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