De acordo com um comunicado da chancelaria alemã, Scholz e Johnson mantiveram um contacto telefónico em que mostraram coincidência em relação à crise ucraniana.
Os dois líderes concordaram "no facto de que é necessário evitar uma nova agressão militar da Rússia contra a Ucrânia (...) e que deve ficar claro que, nessa circunstância, a Rússia deve esperar custos consideráveis ??e sérios", refere o mesmo documento divulgado hoje em Berlim.
Da mesma forma, a ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, pediu à Rússia para evitar a escalada e aceitar "contactos construtivos" sobre a Ucrânia considerando que uma invasão pode conduzir a "um terrível atoleiro".
A Rússia destacou nos últimos meses dezenas de militares de soldados para a região da fronteira com a Ucrânia fazendo aumentar os receios de uma invasão.
Moscovo nega as acusações mas pede garantias por escrito a Kiev de que a Ucrânia não vai integrar a Aliança Atlântica.
Hoje, os chefes da diplomacia de Moscovo e Washington reúnem-se em Genebra para discutirem a situação na Ucrânia, numa altura em que os Estados Unidos manifestam receios de uma invasão que a Rússia encara como "comentários destabilizadores".
No âmbito das políticas de defesa, a ministra dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, de visita à Austrália, referiu-se diretamente ao reforço da colaboração militar, económico e tecnológico entre Londres e Camberra.
No passado mês de setembro, o Reino Unido, a Austrália e os Estados Unidos anunciaram a parceria AUKUS, no âmbito da defesa, e que incluiu a venda de submarinos de propulsão nuclear de fabrico norte-americano ao governo de Camberra.
Liz Truss, citada pela France Presse, pediu às democracias ocidentais que trabalhem "de perto" com a Austrália e outros aliados na região do Indo-Pacífico para que sejam "enfrentados agressores globais" que se estão a destacar de uma forma que já não era vista desde a Guerra Fria.
"'Eles' pretendem exportar a ditadura para todo o mundo. É por isso que regimes como os da Bielorrússia, Coreia do Norte e Birmânia encaram e Pequim como aliados", afirmou a ministra britânica.
O ministro da Defesa australiano, Peter Dutton, concordou com as declarações da ministra britânica sublinhando que "o mundo livre deve permanecer firme".
"Quando se vê a Rússia a agir da forma como age, encoraja outros tiranos e outras ditaduras a fazerem o mesmo, especialmente se não houver reação do resto do mundo", disse Dutton ao canal australiano Seven Network.
Paralelamente, esta semana a Bielorrússia, país situado no norte da Ucrânia, anunciou a realização de exercícios militares conjuntos com forças russas durante o mês de fevereiro.
Entretanto, a televisão iraniana anunciou hoje a realização manobras navais entre o Irão, a Rússia e a República Popular da China no Índico.
Trata-se da terceira vez que se realizam manobras navais entre os três países, desde 2019 e coincidem com a recente visita do presidente iraniano, Ebrahim Raisi, à Rússia que decorreu esta semana.
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