Berlim e Londres alertam Rússia de consequências em invasão da Ucrânia

O chanceler alemão Olaf Scholz e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, alertam que a Rússia deve esperar "custos consideráveis" em caso de agressão militar contra a Ucrânia.

Notícia

© iStock

Lusa
21/01/2022 10:28 ‧ 21/01/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

De acordo com um comunicado da chancelaria alemã, Scholz e Johnson mantiveram um contacto telefónico em que mostraram coincidência em relação à crise ucraniana.

Os dois líderes concordaram "no facto de que é necessário evitar uma nova agressão militar da Rússia contra a Ucrânia (...) e que deve ficar claro que, nessa circunstância, a Rússia deve esperar custos consideráveis ??e sérios", refere o mesmo documento divulgado hoje em Berlim.

Da mesma forma, a ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, pediu à Rússia para evitar a escalada e aceitar "contactos construtivos" sobre a Ucrânia considerando que uma invasão pode conduzir a "um terrível atoleiro".

A Rússia destacou nos últimos meses dezenas de militares de soldados para a região da fronteira com a Ucrânia fazendo aumentar os receios de uma invasão.

Moscovo nega as acusações mas pede garantias por escrito a Kiev de que a Ucrânia não vai integrar a Aliança Atlântica.

Hoje, os chefes da diplomacia de Moscovo e Washington reúnem-se em Genebra para discutirem a situação na Ucrânia, numa altura em que os Estados Unidos manifestam receios de uma invasão que a Rússia encara como "comentários destabilizadores".

No âmbito das políticas de defesa, a ministra dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, de visita à Austrália, referiu-se diretamente ao reforço da colaboração militar, económico e tecnológico entre Londres e Camberra.

No passado mês de setembro, o Reino Unido, a Austrália e os Estados Unidos anunciaram a parceria AUKUS, no âmbito da defesa, e que incluiu a venda de submarinos de propulsão nuclear de fabrico norte-americano ao governo de Camberra.    

Liz Truss, citada pela France Presse, pediu às democracias ocidentais que trabalhem "de perto" com a Austrália e outros aliados na região do Indo-Pacífico para que sejam "enfrentados agressores globais" que se estão a destacar de uma forma que já não era vista desde a Guerra Fria. 

"'Eles' pretendem exportar a ditadura para todo o mundo. É por isso que regimes como os da Bielorrússia, Coreia do Norte e Birmânia encaram e Pequim como aliados", afirmou a ministra britânica.

O ministro da Defesa australiano, Peter Dutton, concordou com as declarações da ministra britânica sublinhando que "o mundo livre deve permanecer firme".

"Quando se vê a Rússia a agir da forma como age, encoraja outros tiranos e outras ditaduras a fazerem o mesmo, especialmente se não houver reação do resto do mundo", disse Dutton ao canal australiano Seven Network.

Paralelamente, esta semana a Bielorrússia, país situado no norte da Ucrânia, anunciou a realização de exercícios militares conjuntos com forças russas durante o mês de fevereiro. 

Entretanto, a televisão iraniana anunciou hoje a realização manobras navais entre o Irão, a Rússia e a República Popular da China no Índico.

Trata-se da terceira vez que se realizam manobras navais entre os três países, desde 2019 e coincidem com a recente visita do presidente iraniano, Ebrahim Raisi, à Rússia que decorreu esta semana. 

Leia Também: Ucrânia. Reino Unido vai apelar à Rússia que contribua diminuir tensão

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas