Sob o título "A desinformação circula", o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo publicou uma mensagem na rede social Twitter para acusar "nações anglo-saxónicas" de serem responsáveis pela "escalada das tensões" sobre a Ucrânia.
"Instamos o Ministério dos Negócios Estrangeiros [britânico] a parar de espalhar disparates", acrescenta-se na breve mensagem.
O Reino Unido alegou no sábado ter informações de que a Rússia pretende designar um líder pró-russo em Kiev, enquanro considera invadir e ocupar a Ucrânia, de acordo com uma declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico.
O antigo deputado ucraniano Yevhen Murayev é visto como um possível candidato, acrescentou, salientando que os serviços secretos russos têm ligações a numerosos ex-políticos ucranianos.
"A Rússia deve reduzir as tensões, acabar com as suas campanhas de agressão e desinformação, e prosseguir o caminho da diplomacia. Como o Reino Unido e os nossos parceiros afirmaram repetidamente, qualquer incursão militar russa na Ucrânia seria um enorme erro estratégico com custos severos", avisou o Governo britânico.
Esta informação surge na sequência de contactos intensos entre a Rússia e os EUA sobre as tensões relativas ao destacamento de tropas russas para a fronteira ucraniana.
Os EUA, que estima o número de tropas russas em mais de 100.000, consideram os exercícios russo-bielorrussos, que vêm juntar-se ao anúncio de sexta-feira como os maiores exercícios navais de sempre da Rússia, como "perturbadores".
Reunido com o Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, em Genebra, o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, disse na sexta-feira que Moscovo não tem qualquer intenção de atacar a Ucrânia.
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