Naftali Bennett fala com Biden sobre Estado Islâmico, Irão e Ucrânia
O primeiro-ministro de Israel felicitou hoje o Presidente norte-americano, Joe Biden, pelo raide da semana passada na Síria que matou o líder do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI), indicou o gabinete do chefe do Governo israelita.
© Getty Images
Mundo Israel
Através de um contacto telefónico, Naftali Bennett disse a Biden que "o mundo é agora um local mais seguro graças à corajosa operação das forças dos Estados Unidos", referiu um comunicado.
Um ataque das forças especiais dos Estados Unidos no noroeste da Síria matou na quinta-feira o líder do grupo 'jihadista', Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi.
Bennett e Biden também abordaram a atividade militar do Irão na região do Médio Oriente e os esforços para impedir o programa nuclear iraniano, especificou o mesmo texto.
Os dois governantes também conversaram sobre a situação de tensão na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia.
O Irão e Israel são arqui-inimigos, com as autoridades israelitas a emitirem frequentemente as suas preocupações sobre as negociações em curso e destinadas a recuperar o acordo nuclear firmado em 2015 entre Teerão e as potências mundiais.
O acordo entrou em colapso após a retirada unilateral dos Estados Unidos em 2018, no decurso do mandato do ex-Presidente republicano Donald Trump, que impôs novas e pesadas sanções a Teerão.
Israel opunha-se ao acordo inicial e considera que as tentativas de o restaurar não incluem suficientes garantias para impedir o Irão de desenvolver armas nucleares.
O Estado judaico também defende que qualquer acordo deverá abordar a atividade militar iraniana em toda a região, bem como o fabrico de mísseis de longo alcance com capacidade para atingir Israel.
Hoje de manhã, Bennett referiu que Israel acompanha de muito perto as negociações em curso em Viena entre as potências mundiais e o Irão, mas reiterou a posição de que Israel não está comprometido com qualquer acordo que seja anunciado.
Os responsáveis israelitas têm repetido as ameaças de atacar o Irão caso considerem necessário para travar o programa nuclear da República Islâmica.
Teerão insiste que o seu programa nuclear apenas possui uma vertente civil e pacífica.
"Está enganado quem acreditar que tal acordo irá melhorar a estabilidade", considerou Bennett durante uma reunião governamental.
"Israel reserva-se no direito de atuar em qualquer circunstância, com ou sem acordo", frisou.
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