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Boris duvida da "sinceridade" de Putin nas negociações com a Ucrânia

O primeiro-ministro do Reino Unido considerou que Putin, se quiser ser sincero, “precisa de retirar as suas máquinas de guerra da Ucrânia”

Boris duvida da "sinceridade" de Putin nas negociações com a Ucrânia
Notícias ao Minuto

23:08 - 27/02/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Rússia/Ucrânia

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, revelou este domingo que “duvida” da “sinceridade” do presidente russo, Vladimir Putin, em querer negociar com a Ucrânia. 

“Se ele quiser parar, se ele se quiser retirar, se ele quiser negociar, isso são ótimas notícias. Mas tenho as minhas dúvidas, tenho de vos dizer. Nada do que vi até agora no seu comportamento, me faz acreditar que ele possa ser sincero”, considerou Boris, à margem de uma visita à Catedral Católica Ucraniana, em Londres. 

O governante considerou ainda que Putin, se quiser ser sincero, “precisa de retirar as suas máquinas de guerra da Ucrânia” e que a sua decisão de colocar as forças nucleares de dissuasão em alerta máximo é “uma distração da realidade do que está a acontecer na realidade na Ucrânia”.

“Esta é uma aventura desastrosa e ilegal do presidente Putin. Não pode levar a nada de bom, tanto para a Rússia como para nós. No Ocidente temos dito isso desde o início. Isto precisa de parar. Se ele tem uma proposta para negociar e se retirar, então ainda melhor”, afirmou.

Este domingo, o primeiro-ministro britânico anunciou ainda que o Reino Unido vai enviar mais 40 milhões de libras [47 milhões de euros] em ajuda humanitária para a Ucrânia.

“O Reino Unido não virará as costas na hora de necessidade da Ucrânia. Estamos a fornecer todo o apoio económico e militar possível para ajudar os ucranianos que arriscam tudo para proteger o seu país”, frisou. 

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou esta manhã que as negociações entre Kiev e Moscovo vão ter lugar na fronteira entre a Bielorrússia e a Ucrânia, após o homólogo bielorrusso lhe garantir “que todos os aviões, helicópteros e mísseis estacionados em território bielorrusso permanecem no solo durante a viagem, as conversas e o regresso da delegação ucraniana”. 

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