Entre os "avanços" apontados pela entidade que regula a biodiversidade em Moçambique destaca-se o reforço da legislação, com realce para a aprovação do Plano Nacional de Desenvolvimento Territorial e Plano de Ordenamento de Espaço Marítimo, instrumentos que permitem às autoridades uma melhor gestão e delimitação das áreas de conservação, indica a ANAC numa nota distribuída à comunicação social.
Além disso, para a ANAC, o aumento de efetivos de fauna em áreas protegidas e a redução da caça furtiva são outros fatores que provam os avanços que Moçambique tem registado, embora a entidade não avance números nem detalhes sobre estes dois pontos.
Moçambique conta com um total de 10.000 espécies de flora e fauna catalogadas, com destaque para uma fauna terrestre que totaliza 4.271 espécies, entre insetos, aves, mamíferos e anfíbios, segundo dados avançados na nota da ANAC.
"As instituições de investigação continuam a identificar novas espécies", frisa a ANAC.
A caça furtiva em Moçambique tem sido uma grave ameaça à vida selvagem no país, tendo reduzido drasticamente algumas espécies, segundo dados oficiais.
De acordo com os últimos dados da ANAC, desde 2009, o país perdeu pelo menos dez mil elefantes e, só na Reserva do Niassa, com uma extensão de 42.400 quilómetros quadrados, o número total desta espécie passou de 12.000 para 4.400 em três anos (entre 2011 e 2014).
Relatórios mais recentes indicam que o país perdeu, entre 2011 e 2016, 48% da população de elefantes.
O Dia Mundial da Vida Selvagem, que se assinala na quinta-feira, é celebrado sob o lema "Recuperando espécies-chave para a restauração de ecossistemas" e, em Moçambique, as cerimónias centrais vão ocorrer no Parque Nacional de Maputo, distrito de Matutuine, província de Maputo.
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