O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, estará presente nas duas reuniões, nas quais Portugal vai estar representado pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
De manhã, a partir das 10:00 locais (09:00 de Lisboa), terá lugar no quartel-general da NATO uma reunião extraordinária do Conselho do Atlântico Norte, o principal organismo de decisão política da organização, no qual cada país membro tem assento, ao nível dos chefes de diplomacia.
A reunião, presencial e a ser presidida pelo secretário-geral, Jens Stoltenberg, será alargada aos chefes de diplomacia da Suécia, Finlândia e UE, revelou na quinta-feira a Aliança.
Na passada terça-feira, durante uma visita à Polónia, Stoltenberg acusou o Presidente russo, Vladimir Putin, de ter destruído a paz na Europa, mas disse que a Aliança não vê necessidade de alterar o seu nível de alerta de armas nucleares, apesar das ameaças do governante.
"Faremos sempre o que for preciso para proteger e defender os nossos aliados, mas não pensamos que haja qualquer necessidade agora de alterar os níveis de alerta das forças nucleares da NATO", disse Stoltenberg.
A partir das 15:40 locais (14:40 de Lisboa), os chefes de diplomacia dos 27 reúnem-se naquele que é o quinto Conselho extraordinário de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE no espaço de pouco mais de uma semana, também em formato alargado.
Esta reunião foi convocada na quarta-feira pelo Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, que convidou para o encontro homólogos de países aliados e o ministro ucraniano, Dmytro Kuleba, que participará por videoconferência.
Além dos 27, participarão então no encontro Kuleba, Blinken e ainda os chefes da diplomacia do Reino Unido, Liz Truss, e do Canadá, Melanie Joly, além do secretário-geral da NATO.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades.
As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
Putin justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
Leia Também: Ucrânia. Cordão humano pela paz hoje em embaixadas em Lisboa