"Pedimos uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU. Trata-se de uma ameaça à segurança e à estabilidade da Europa e os responsáveis devem 'prestar contas'", disse a chefe da diplomacia britânica, Liz Truss, em declarações às televisões britânicas em Bruxelas, onde está a participar em reuniões extraordinárias ao nível dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO e da União Europeia (UE).
As tropas russas tomaram a central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, a maior da Europa, informou hoje o regulador nuclear estatal da Ucrânia, acrescentando que a equipa da central controla o estado dos edifícios e garante o seu correto funcionamento.
As forças russas bombardearam na noite de quinta-feira a maior central nuclear da Europa, no sul da Ucrânia, onde deflagrou um incêndio, que, entretanto, foi extinto pelos bombeiros.
O regulador nuclear estatal da Ucrânia garantiu que os seis reatores de Zaporizhzhia não foram afetados e que o incêndio atingiu apenas um edifício e um laboratório do local.
O regulador informou também que os reatores nucleares permanecem intactos e que não houve mudanças no 'status' de radiação, acrescentando que os seus especialistas estão em contacto com os engenheiros da central nuclear.
"Os reatores permanecem intactos, há danos na construção do compartimento do reator da unidade de energia nº 1, o que não afeta a segurança do reator. Os sistemas e elementos importantes para a segurança da central nuclear estão a funcionar. Nenhuma mudança no estado de radiação foi registada no momento", refere o relatório do regulador.
Hoje de manhã, os bombeiros conseguiram apagar um incêndio que tinha deflagrado na central depois de ter sido atacada pelas tropas russas.
O fogo, que abrangeu uma área de 2.000 metros quadrados, foi extinto às 06:20 locais (04:20 em Lisboa).
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
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