O Governo japonês decidiu alargar as sanções devido à escalada de ataques russos na Ucrânia, uma invasão na qual a Bielorrússia está "claramente envolvida", disse o porta-voz do executivo, Hirokazu Matsuno, numa conferência de imprensa.
As novas sanções incluem o congelamento dos fundos de 20 altos funcionários e oligarcas russos, além de outros 12 bielorrussos, que se juntam a uma lista onde já se encontravam o Presidente russo, Vladimir Putin, e o chefe de Estado bielorrusso, Alexander Lukashenko.
O Japão decidiu também proibir a exportação para a Rússia de máquinas para refinarias de petróleo, bem como a exportação para a Bielorrússia de semicondutores e outro equipamento que possa ser usado na indústria militar.
As sanções são aplicadas "em coordenação com os países do G7 e com a comunidade internacional" e para "melhorar a situação na Ucrânia", disse Matsuno.
O porta-voz também lamentou que o Japão tenha sido incluído na lista de "nações hostis" elaborada pelo Kremlin e divulgada na segunda-feira pela agência noticiosa estatal russa Interfax.
"É lamentável que a Rússia tenha anunciado que tomará medidas que podem causar danos ao povo e às empresas japonesas", disse Matsuno, acrescentando que Tóquio formalizou um protesto diplomático junto de Moscovo.
Segundo um decreto presidencial, as empresas russas poderão pagar dívidas a credores em países "hostis" em rublos, moeda que desvalorizou 45% desde janeiro.
O Japão tem vindo a aplicar sucessivas sanções à Rússia desde o início da invasão da Ucrânia, incluindo o congelamento de ativos de empresas e bancos russos, a exclusão do bancos russos do sistema Swift e a proibição da exportação de semicondutores.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,7 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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