Zelensky "sonha tornar-se herói", acusa ex-presidente ucraniano deposto

O ex-presidente ucraniano, pró-russo, refere que os cidadãos ucranianos e os parceiros ocidentais de Kyiv ficariam agradecidos se a Ucrânia se rendesse.

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© Sasha Mordovets/Getty Images

Márcia Guímaro Rodrigues
08/03/2022 09:49 ‧ 08/03/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Viktor Yanukovich

O ex-presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych, pediu ao atual presidente, Volodymyr Zelensky, para “parar o derramamento de sangue a qualquer custo”. Num apelo, a que a agência de notícias russa RIA teve acesso, o pró-russo pede ainda que seja estabelecido um “acordo de paz”.

“Eu entendo muito bem que tenha muitos ‘conselheiros’, mas, pessoalmente, você é obrigado a parar o derramamento de sangue a qualquer custo e a chegar a um acordo de paz. Isto é o que se espera de você na Ucrânia, no Donbass e na Rússia”, lê-se.

“Apelo a Volodymyr Zelensky de uma maneira presidencial e até um pouco paternal. Volodymyr Alexandrovich, provavelmente sonha em tornar-se um verdadeiro herói! Mas heroísmo não é ostentação, não se trata de lutar até ao último ucraniano”, acrescentou.

O político, que fugiu para a Rússia após ser deposto, frisa que o “heroísmo” está no “sacrifício” e na “vitória sobre o seu próprio orgulho e ambições para salvar a vida das pessoas”. 

Yanukovych refere também que os cidadãos ucranianos e os parceiros ocidentais de Kyiv ficariam agradecidos se a Ucrânia se rendesse.

Na nota, o pró-russo diz “observar com dor” o que está a acontecer no país e estar solidário com o sofrimento dos ucraninanos, mas “em qualquer tragédia há um momento em que esta pode ser parada”.

“Desde o seu primeiro dia, prometeu parar a guerra na Ucrânia e é por isso que toda a Ucrânia o apoiou. Podia ter-se tornado o presidente do mundo, mas, infelizmente, isso não aconteceu”, atirou.

Viktor Yanukovych foi deposto em 2014, após meses de manifestações e pressões da oposição - a conhecida ‘revolução de Maidan’ - por não cumprir um acordo de aproximação à União Europeia e ser contra a entrada da Ucrânia na NATO. Depois da deposição, refugiou-se na Rússia. 

Leia Também: AO MINUTO: Tropas da ONU regressam à Ucrânia; Cessar-fogo em 5 cidades

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