"Foram confirmados diversos casos [comprovando] a presença de conscritos nas unidades das Forças Armadas Russas que participam da operação militar especial no território da Ucrânia. Quase todos esses militares já foram retirados para o território russo", disse o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov.
O Ministério admitiu ainda que vários soldados, incluindo conscritos, foram capturados, durante um ataque ucraniano contra um grupo russo que prestava uma missão de "apoio logístico".
"Medidas abrangentes estão a ser tomadas para impedir o envio de militares conscritos para as zonas de combate e para garantir a libertação dos soldados capturados", acrescentou o Ministério da Defesa russo.
O Kremlin disse hoje que o Presidente russo, Vladimir Putin, tinha instruído a "rejeição categórica" de qualquer uso de conscritos -- soldados recrutas de serviço militar obrigatório - acrescentando que os oficiais responsáveis pelo seu envio para a Ucrânia seriam "punidos".
Na segunda-feira, Putin tinha garantido que não enviaria conscritos ou reservistas para lutar na Ucrânia, dizendo que apenas profissionais tinham a missão de cumprir os "objetivos estabelecidos".
Desde os primeiros dias da operação, os 'media' e as organizações independentes no terreno denunciaram que conscritos jovens adultos estavam a participar nos combates.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos -- o êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 14.º dia, provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, segundo várias fontes.
Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou hoje a morte de pelo menos 516 civis, entre os quais 41 crianças.
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