Wali, um dos 'snipers' mais mortíferos do mundo, decidiu rumar à Ucrânia, enquanto voluntário, para combater o exército de Vladimir Putin.
Para trás, este homem deixa a mulher e o filho no Canadá e junta-se aos ucranianos na luta contra os russos.
Wali - nome fictício - esteve no Iraque por conta própria para combater o Estado Islâmico e esteve duas vezes no Afeganistão como franco-atirador com as Forças Armadas do Canadá em 2009 e 2011.
O atirador de elite é conhecido por bater o recorde militar ao matar um membro do “Estado Islâmico” a uma distância de 3.540 metros. Foi um amigo que o contactou a pedir ajuda para combater as tropas de Putin. "Ele disse-me que eles precisavam de um franco-atirador. É como um bombeiro que ouve o alarme a tocar. Eu tinha que ir", disse Wali ao jornal La Presse.
O 'sniper' viajou da Polónia para a Ucrânia, indo contra um mar de centenas de milhares de refugiados ucranianos que viajavam na direção oposta em busca de segurança.
"Quero ajudá-los. É simples assim", disse à CBC.
Recorde-se que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou que aqueles que quisessem juntar-se aos combatentes ucranianos seriam bem-vindos. Mais de 20 mil combatentes estrangeiros, incluindo portugueses, aceitaram ajudar e rumaram à Ucrânia para lutar contra os russos.
A invasão russa começou na madrugada de dia 24 de fevereiro e já dura há 14 dias. Pelo caminho matou milhares de civis, soldados e também dezenas de crianças.
Esta quarta-feira ficou marcada pelo bombardeamento de uma maternidade em Mariupol que provocou, pelo menos, 17 feridos. O número de óbitos é, para já desconhecido.
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