"De acordo com dados operacionais dos nossos serviços de inteligência e parceiros internacionais, vários grupos táticos do batalhão da República da Bielorrússia - unidades aerotransportadas - estão constantemente em movimento, reposicionando-se perto das fronteiras ucranianas", explicou Fedir Venislavsky, membro do Comité parlamentar ucraniano de Segurança Nacional, Defesa e Inteligência.
"A ameaça não desapareceu", acrescentou.
Apesar das conversações de sexta-feira entre os presidentes bielorrusso e russo no Kremlin e de informações nos meios de comunicação internacionais de que a Bielorrússia está pronta para recorrer à agressão direta, a Ucrânia não tem informações de que tropas bielorrussas estejam a cruzar a fronteira, acrescentou Venislavsky, segundo a agência ucraniana.
No entanto, "a ameaça de tal invasão" obriga a Ucrânia a manter na fronteira com a Bielorrússia "algumas unidades poderosas e prontas para o combate e que poderiam estar a combater o inimigo perto de Kyiv e outras cidades", realçou.
O político ucraniano alertou que os soldados bielorrussos sabem quais serão as consequências se invadirem o solo ucraniano, já que "estão cientes" das baixas que estão a ocorrer no exército russo desde o início da invasão da Ucrânia.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 549 mortos e mais de 950 feridos entre a população civil e provocou a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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