Centenas de pessoas manifestaram-se contra a Rússia na cidade de Kherson
Centenas de pessoas manifestaram-se hoje na cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, em protesto contra a ocupação do país pelas forças da Rússia.
© Lusa
Mundo Ucrânia
De acordo com fotografias publicadas hoje no 'site' de um meio de comunicação regional (Souspilné), centenas de pessoas manifestaram-se na Praça da Liberdade, perto do cinema denominado Ucrânia, agitando muitas bandeiras e faixas com as cores azul e amarelo da Ucrânia.
Vídeos publicados no sítio na internet de outro meio de comunicação independente (Ukrainska Pravda) mostraram uma multidão a gritar: "Vá para casa!", "Vá para casa enquanto você ainda está vivo!" ou "Kherson - esta é a Ucrânia".
As imagens também mostraram soldados e veículos blindados em redor da manifestação, mas sem intervirem.
Outro vídeo, publicado 'online' pela organização Information Résistante, criada em 2014 após a anexação da Crimeia e a ocupação de territórios no leste da Ucrânia por separatistas pró-russos, mostrou manifestantes a cantarem que os soldados russos são "ocupantes fascistas".
No final do vídeo de um minuto, ouviram-se o que pareciam ser tiros de aviso.
A cidade de Kherson, situada perto da Crimeia, é a primeira grande cidade tomada pelas forças russas após a invasão da Ucrânia no dia 24 de fevereiro.
No sábado, várias autoridades ucranianas, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kouleba, acusaram os russos de quererem organizar um "falso referendo" para criar uma "falsa república popular".
Durante o conflito entre separatistas pró-Rússia e forças ucranianas no leste da Ucrânia a partir de 2014, parte das regiões de Donetsk e Lugansk autoproclamaram-se "repúblicas populares".
Moscovo reconheceu formalmente a sua independência pouco antes de invadir a Ucrânia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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