Fotógrafo que acompanhava Brent Renaud relata como tudo aconteceu

Ferido, na Clínica Okhmatdyt em Kyiv, Juan relata como tudo aconteceu. Ele e Brent estavam a filmar a fuga dos moradores de Irpin quando começaram a ser baleados pelas forças russas num posto de controlo.

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Notícias ao Minuto com Lusa
13/03/2022 16:48 ‧ 13/03/2022 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Chama-se Juan Arredondo e é o fotógrafo americano - de origem colombiana - que acompanhava o repórter norte-americano Brent Renaud quando este foi morto a tiro em Irpin, perto de Kyiv.

Ferido, na Clínica Okhmatdyt em Kyiv, Juan relata como tudo aconteceu. Ele e Brent estavam a filmar a fuga dos moradores daquela cidade quando começaram a ser baleados pelas forças russas num posto de controlo.

Renaud foi baleado no pescoço e morreu instantaneamente, enquanto Juan foi transferido para o hospital. Num vídeo partilhado nas redes sociais é possível ouvir a versão de Juan Arredondo. "Estávamos a filmar os refugiados em fuga, íamos conduzir um carro que alguém nos ofereceu para nos levar para a outra ponte. Atravessámos o posto de controlo e eles começaram a atirar sobre nós", conta.

"O meu amigo Brent Reanud foi baleado no pescoço e deixado para trás e separámo-nos", acrescentou ainda o fotógrafo num vídeo de um minuto.

O vídeo foi publicado no Twitter pela jornalista Annalisa Camilli do jornal Internazionale, uma das primeiras a dar conta da morte de Brent Renaud. Na altura, Juan ainda não sabia que o colega e amigo havia sucumbido aos ferimentos.

Juan Arredondo foi vencedor do prémio World Press Foto.

O Comité para a Proteção dos Jornalistas afirmou hoje que o ataque sobre ambos viola a lei internacional, defendendo que "estes ataques são inaceitáveis", através de um comunicado noticiado pela EFE.

A mesma agência de notícia refere ainda que, através das redes sociais, a Organização dos Repórteres Sem Fronteiras também tomou hoje uma posição, pedindo uma investigação para esclarecer as causas e as circunstâncias do ataque sobre os dois jornalistas.

O governo dos Estados Unidos prometeu aplicar "consequências apropriadas" e está em contacto com as autoridades ucranianas para obter mais informações sobre o incidente.

Leia Também: Jornalista do New York Times morto na Ucrânia, diz polícia em Kyiv

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