Superiate de oligarca russo é imobilizado em Barcelona

O superiate 'Valerie', ligado ao oligarca russo Sergei Chemezov, avaliado em cerca de 128 milhões de euros e com 85 metros de comprimento, foi imobilizado em Barcelona, face às sanções aprovadas pela União Europeia (UE) contra entidades russas.

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Lusa
15/03/2022 06:47 ‧ 15/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

 

A informação foi confirmada a agência de notícias EFE por fontes próximas do processo, que precisaram que o iate, ancorado em Barcelona para manutenção e reparação, tem a bandeira das ilhas de São Vicente e Granadinas e está localizado num estaleiro da cidade.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, revelou na segunda-feira, em entrevista ao La Sexta, que a Direção-Geral da Marinha Mercante ordenou a retenção do navio para verificar a sua propriedade, na qual é a primeira intervenção de Espanha contra bilionários russos próximos de Vladimir Putin.

Pedro Sánchez explicou que este tipo de operação não fácil, porque os proprietários russos costumam usar empresas intermediárias que dificultam o rastreamento e a apreensão dos seus ativos.

Apesar disso, o chefe do Governo espanhol está convencido de que "haverá mais" iates a serem imobilizados.

"Temos de agir com força com Putin, o seu regime e com os oligarcas", sustentou.

Neste caso, o iate estaria ligado, através de uma rede complexa de empresas, ao magnata Sergei Chemezov, diretor-executivo da empresa de armas Rostec Corporation e muito próximo do Presidente da Rússia.

O 'Valerie' está nos estaleiros da empresa MB92, que se recusou a comentar as informações por questões de confidencialidade.

A empresa limitou-se a apontar que está "a cooperar com as autoridades e continuará a fazê-lo".

"A conformidade ativa com quaisquer regulamentos aplicáveis é imperativa para o Grupo MB92", enfatizou.

Nas instalações desta empresa estava também o superiate 'My Solaris', ligado ao oligarca russo Roman Abramovich, que deixou Barcelona na semana passada, onde estava desde o final de 2021 para realizar tarefas de manutenção.

Os maiores navios de luxo do mundo passaram pelos estaleiros do MB92, alguns deles ligados a conhecidos magnatas russos, como Abramovich ou Sergey Victorovich Chemezov, embora as bandeiras desses navios sejam de conveniência e apareçam como propriedade de várias empresas.

Face à invasão russa da Ucrânia, a Direção-Geral da Marinha Mercante espanhola solicitou aos portos do país informações sobre navios de bandeira russa ou de propriedade russa atracados nas suas instalações, a fim de avaliar o impacto que eventuais sanções teriam no domínio do tráfego marítimo.

Neste sentido, Espanha está a recolher informação sobre o número de navios de bandeira russa ou armadores russos com mais de 24 metros que se encontram nas instalações dos portos espanhóis.

Leia Também: Itália apreende maior iate à vela do mundo de oligarca russo

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