Mais de 88 mil britânicos inscreveram-se para receber um refugiado ucraniano dentro de poucas horas. O programa do governo denominado de ‘Homes for Ukraine [Casas para a Ucrânia]’ contou com milhares de voluntários nas primeiras 24 horas após o lançamento.
De acordo com o departamento de habitação e comunidades, na manhã desta terça-feira, o número de inscritos era de 88.712. “O Reino Unido está com o povo ucraniano”, disse Michael Gove, secretário de habitação e comunidades, elogiando o Reino Unido por “apoiar os mais vulneráveis durante as horas mais sombrias”.
Gove admitiu esperar que o esquema se expanda “rapidamente”, após críticas sobre a resposta do governo à crise de refugiados provocada pela invasão russa da Ucrânia. Os refugiados ucranianos que participem nesta iniciativa poderão aceder ao Serviço Nacional de Saúde e outros serviços públicos, enquanto as crianças poderão frequentar as escolas locais.
Não há limite para quantos ucranianos poderão ser abrangidos por este programa em que o governo britânico pagará o equivalente a 415 euros a cada família que acolha um refugiado. Quem participar não é obrigado a fornecer alimentação e despesas de subsistência, mas poderá, se assim o desejar.
Quem tiver possibilidades e pode inscrever-se online de forma a oferecer um espaço sem custos na sua casa ou numa residência separada por pelo menos seis meses. Os participantes serão examinados e as autoridades locais verificarão se a acomodação oferecida é adequada, refere o Evening Standard.
Também as autarquias serão financiadas, receberão o equivalente a 12 mil euros por refugiado para serviços de apoio. O secretário de habitação e comunidades defende que a população britânica está "admirada com a bravura do povo da Ucrânia", acrescentando: “As vítimas de agressão selvagem, indiscriminada e não provocada, a sua coragem sob fogo e a sua determinação de resistir inspira a nossa total admiração”.
A deputada Lisa Nandy expressou preocupação com “a falta de urgência” e confessou que o processo de solicitação de visto poderia ser facilitado. “Poderíamos manter as verificações essenciais, mas eliminar a burocracia excessiva”, explicou.
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