Zelensky insiste perante parlamento do Canadá em zona de exclusão aérea

O Presidente da Ucrânia insistiu hoje, perante o parlamento do Canadá, na necessidade de a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) instituir uma zona de exclusão aérea no território ucraniano, para inviabilizar os bombardeamentos russos.

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Lusa
15/03/2022 20:50 ‧ 15/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Enquanto discursava para o parlamento, através de videoconferência, Volodymyr Zelensky dirigiu-se várias vezes ao primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, a quem disse que é em momentos como o que a Ucrânia está a viver que se vê as verdadeiras intenções da comunidade internacional.

"São momentos de desespero, mas também são os que nos permitem ver quem foram os nossos verdadeiros amigos durante os últimos 20 dias e nos últimos oito anos", declarou o Presidente da Ucrânia durante a sessão plenária.

Vestido com uma t-shirt verde cor de azeitona, que é uma constante em todas as aparições que fez desde o início da guerra, em 24 de fevereiro, o Presidente ucraniano criticou os países que tentam "evitar uma escalada" do confronto, mas, ao mesmo tempo, não dão "uma resposta clara" à aspiração da Ucrânia de integrar a NATO.

"Por favor, entendem que é importante para nós encerrar o espaço aéreo aos mísseis e aviões russos. Espero que o entendam. Espero que possam melhorar os vossos esforços", referiu o Zelensky, insistindo que aquilo que pede "não é muito", apenas um sinal de "apoio de verdade" para salvar "vidas em todo o mundo".

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 20.º dia, causou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares.

Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou hoje pelo menos 691 mortos e 1.143 feridos entre a população civil, incluindo mais de uma centena de crianças.

O Canadá é um dos Estados-membros da NATO, assim como Portugal e outros 28 países: Albânia, Alemanha, Bélgica, Bulgária, República Checa, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos da América, Estónia, França, Grécia, Hungria, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Macedónia do Norte, Montenegro, Noruega, Países Baixos, Reino Unido, Roménia e Turquia.

Leia Também: "Putin quer destruir todo o Ocidente", avisa ex-presidente ucraniano

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