Canadá impõe novas sanções à Bielorrússia por ajudar a Rússia

O Canadá anunciou hoje novas sanções contra 22 altos funcionários do Ministério da Defesa da Bielorrússia, país acusado de servir de "plataforma de lançamento para a invasão russa" da Ucrânia.

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Lusa
18/03/2022 00:10 ‧ 18/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

 

"o anúncio de hoje envia uma mensagem clara aos cúmplices do presidente Putin", realçou a ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá, Mélanie Joly, citada em comunicado.

Mélanie Joly acrescentou que "aqueles que apoiam ataques à soberania, integridade territorial e independência da Ucrânia vão ser responsabilizados".

Otava acusa personalidades importantes da Bielorrússia, incluindo o líder da Força Aérea, Victor Soyko, de apoiar o ataque russo ao território ucraniano.

A chefe da diplomacia canadiana afirmou ainda que o mundo inteiro está a assistir "à violência sem sentido que está a ocorrer na Ucrânia" e que o Canadá "não hesita[rá] em tomar outras medidas" contra os líderes da Bielorrússia.

Esta posição de Otova surge dois dias depois de Washington ter anunciado novas sanções contra o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, e a sua mulher, bem pessoas e entidades russas, por corrupção e violações de direitos humanos.

O Governo canadiano já impôs sanções a Alexander Lukashenko em 2020, depois de o chefe de Estado bielorrusso ter reivindicado uma vitória esmagadora numa eleição que a oposição considerou manipulada.

Este último anúncio eleva para mais de 500 o número de pessoas e entidades da Rússia, Bielorrússia e Ucrânia sancionadas pelo Canadá desde o início da invasão russa da Ucrânia.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 780 mortos e 1.252 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,1 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia: Posição da China "determinante" para futuro das relações com EUA

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