Papa pede aos católicos que se confrontem com "a realidade" dos migrantes

O Papa Francisco apelou aos católicos do mundo inteiro que se confrontem, durante a Quaresma, com a "realidade concreta de algum migrante ou peregrino", para se tornarem melhores cristãos.

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© Vatican Media via Vatican Pool/Getty Images

Lusa
25/02/2025 12:31 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Papa Francisco

Numa mensagem hoje divulgada pelo Vaticano, escrita ainda antes de ser hospitalizado, a 14 de fevereiro, Francisco volta a falar nos imigrantes, comparando o seu percurso "à procura de uma vida melhor", com situações bíblicas.

 

Hoje, o Vaticano anunciou a mensagem de Francisco para a Quaresma, que tem início da próxima semana, um período de reflexão para os católicos, particularmente num ano em que o Vaticano celebra um Ano Santo, um jubileu, com o lema 'Peregrinos na Esperança'.

"Não podemos recordar o êxodo bíblico sem pensar em tantos irmãos e irmãs que, hoje, fogem de situações de miséria e violência e vão à procura de uma vida melhor para si e para seus entes queridos", escreve Francisco.

Por isso, "seria um bom exercício quaresmal confrontar-nos com a realidade concreta de algum migrante ou peregrino e deixar que ela nos interpele, a fim de descobrir o que Deus pede de nós para sermos melhores viajantes" na vida e prática católica.

E nessa prática quotidiana, escreve Francisco, "os cristãos são chamados a percorrer o caminho em conjunto, jamais como viajantes solitários", procurando "caminhar lado a lado, sem pisar ou subjugar o outro, sem alimentar invejas ou hipocrisias, sem deixar que ninguém fique para trás ou se sinta excluído".

Durante a Quaresma, "Deus pede-nos que verifiquemos se nas nossas vidas e famílias, nos locais onde trabalhamos, nas comunidades paroquiais ou religiosas, somos capazes de caminhar com os outros" e de "vencer a tentação de nos entrincheirarmos na nossa autorreferencialidade e de olharmos apenas para as nossas próprias necessidades", acrescenta.

Francisco pede "gestos concretos" e "atitude acolhedora em relação àqueles que se aproximam (...) e a quantos se encontram distantes".

A mensagem hoje distribuída foi escrita a 06 de abril, ainda antes de ser hospitalizado com uma pneumonia.

Na segunda-feira à noite, no boletim clínico divulgado pelos médicos que seguem o Papa no Hospital Gemelli, em Roma, é indicado que Francisco mostrou uma ligeira melhoria nos exames laboratoriais, que lhe permitiram retomar alguns trabalhos.

"Hoje não se registaram episódios de crise respiratória asmática: alguns exames laboratoriais melhoraram. A monitorização de insuficiência renal ligeira não é preocupante. A oxigenoterapia continua, embora com débito e percentagem de oxigénio ligeiramente reduzidos", lê-se no boletim médico.

Nesse sentido, os médicos, "tendo em conta a complexidade do quadro clínico, mantêm ainda, com prudência, o prognóstico [reservado]".

O Papa foi hospitalizado em 14 de fevereiro, na sequência de uma pneumonia nos dois pulmões e teve uma crise respiratória na sexta-feira, que agravou o seu estado de saúde.

Leia Também: "Parece-me que não há razão para falar em renúncia" do Papa Francisco

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