O parlamento alemão prestou esta terça-feira homenagem a Boris Romantschenko, que sobreviveu aos campos de concentração de Buchenwald, Peenemünde, Mittelbau-Dora e Bergen-Belsen durante a II Guerra Mundial, mas que, aos 96 anos, foi morto durante um bombardeamento russo em Kharkiv, depois de o prédio onde vivia ser atingido por um projétil.
Katrin Goering-Eckardt, porta-voz do parlamento, referiu que Romantschenko foi alvo de trabalho forçado em Dortmund, em 1942, e enviado para os campos de concentração depois de ter tentado fugir, em 1943.
“A sua morte relembra-nos que a Alemanha tem uma responsabilidade histórica especial para com a Ucrânia”, complementou.
“Boris Romantschenko é um de milhares de mortos na Ucrânia. Todas as vidas levadas recordam-nos que temos de fazer tudo o que pudermos para parar esta guerra cruel que viola a lei internacional, e para ajudar as pessoas na e da Ucrânia”, sublinhou.
Por sua vez, o ministro das Finanças, Christian Lindner, salientou que “o seu destino mostra não só o carácter criminoso da Rússia, mas também o porquê de a Alemanha mostrar solidariedade com a Ucrânia”.
Nesse sentido, o parlamento alemão fez um minuto de silêncio em memória de Romantschenko e de todas as vítimas do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
A morte de Romantschenko foi confirmada pela neta, de acordo com um comunicado divulgado na segunda-feira pela Fundação dos Memoriais de Buchenwald e Mittelbau-Dora.
“Romantschenko trabalhou intensamente” para que os crimes nazis não fossem esquecidos, destaca a nota.
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