"As sanções devem ser reforçadas. Devemos dizer não ao seu petróleo o mais depressa possível. (...) Devemos forçar a Rússia a procurar a paz", defendeu Zelensky.
O Presidente ucraniano denunciou a invasão russa, dizendo ser uma "brutalidade" que não era vista na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, e acusou Moscovo de querer destruir "qualquer base para que a população ucraniana tenha uma vida normal no futuro".
Zelensky sublinhou que mais de 90% da cidade de Mariupol foi destruída por bombardeamentos e denunciou o que considera serem "crimes contra a humanidade", que estão a acontecer "perante os olhos de toda a gente".
O líder ucraniano acusou ainda a Rússia de lançar "milhares de mísseis mortais" contra o seu país e denunciou o ataque russo de hoje à cidade de Mykolaiv, no qual disse que pelo menos sete pessoas foram mortas e 22 outras ficaram feridas.
Zelensky também agradeceu a "solidariedade" da Dinamarca e de outros países, criticando que existam "forças dentro da União Europeia" que querem minar os esforços para isolar a Rússia.
Desde o início da invasão russa, há um mês, Volodymyr Zelensky interveio por vídeo nos parlamentos de países como Estados Unidos, Canadá, Israel, França, Itália e Suécia, além de outros fóruns como a NATO e o Conselho Europeu.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.151 civis, incluindo 103 crianças, e feriu 1.824, entre os quais 133 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,8 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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