"Toda a sociedade finlandesa deve estar atenta às tentativas russas de influenciar o processo decisório do país sobre a questão da NATO", disse o diretor do serviço de segurança (SUPO), que pediu às empresas do país que estejam em "alerta máximo" para prevenir possíveis ataques cibernéticos.
No seu relatório anual sobre ameaças à Finlândia, o SUPO destaca "o perigo de uma extensa interferência russa e de vigilância ilegal".
No fim de semana passado, o Presidente finlandês, Sauli Niinisto, admitiu que uma tentativa do país de aderir à NATO poderia provocar respostas "intempestivas" por parte da Rússia, incluindo violações territoriais ou do espaço aéreo.
Por outro lado, o chefe de Estado sublinhou que estar protegido pelo artigo 5.º do tratado da NATO -- segundo o qual um ataque a um país membro é um ataque a todos -- teria "um efeito preventivo" nas eventuais agressões contra a Finlândia.
Após a invasão russa da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, cerca de 60% da população finlandesa manifestou-se favorável à adesão do país à NATO.
Helsínquia descartou a possibilidade de um pedido de adesão de emergência, mas no último mês tem vindo a realizar consultas políticas sobre uma aproximação à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
Tal como a Suécia, a Finlândia admitiu estar em processo de reavaliação da sua política de segurança e defesa e garantiu que a crescente "cooperação" com a NATO será debatida no parlamento em breve.
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