O telefonema com os líderes da França, Reino Unido, Alemanha e Itália visa "discutir os mais recentes desenvolvimentos da invasão russa da Ucrânia", disse um porta-voz da administração norte-americana.
As delegações russa e ucraniana reuniram hoje em Istambul, na Turquia, em conversações descritas como "substanciais" pelo representante do Kremlin, Vladimir Medinsky.
No final das conversações, a Rússia, que invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro, prometeu reduzir "radicalmente" a sua atividade militar na direção de Kiev e Chernigiv, cerca de 120 quilómetros a nordeste da capital ucraniana.
Por sua vez, David Arakhamia, negociador-chefe ucraniano, informou que Kiev concordará em aceitar um estatuto de neutralidade, se houver um "acordo internacional" para garantir a segurança do país.
Arakhamia disse ainda que, após esta ronda de negociações em Istambul, as condições eram "suficientes" para uma cimeira entre os Presidentes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.151 civis, incluindo 103 crianças, e feriu 1.824, entre os quais 133 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,9 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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