Numa entrevista para o canal italiano Rai 3, Marina Ovsyannikova, a jornalista invadiu uma emissão de televisão russa em protesto contra a invasão russa na Ucrânia, considerou as sanções ocidentais como "russofobia".
A editora, de 44 anos, acusada de ser espia do Reino Unido, pensa que existe preconceito e um sentimento antirrusso, de medo ou ódio contra a Rússia, o que, na sua ótica, poderá influenciar as medidas contra Moscovo. Marina equiparou o impacto da guerra sobre os ucranianos com o das sanções contra os "russos comuns".
Segundo a imprensa italiana, a jornalista revelou que atualmente "as informações na Rússia são realmente limitadas", explicando que "todos os meios de comunicação de massa da oposição estão bloqueados, a maioria das mídias sociais também estão fechadas".
À televisão italiana, Marina, filha de pai ucraniano e mãe russa, confessou ainda estar emocionada, valorizando o "apoio" que lhe é dado, classificando-o como "muito importante". Para além de a editora ter entrado durante a emissão a segurar um cartaz que denunciava a guerra, foi acusada de organizar uma manifestação sem autorização e multada em 30.000 rublos russos, que correspondem a cerca de 252 euros.
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