Washington tem criticado Pequim por subsidiar as empresas chinesas para dinamizar as exportações, o que, ao longo dos anos, tem prejudicado vários setores industriais dos Estados Unidos.
"Não podemos esperar que a China mude", declarou Katherine Tai durante uma audição na Câmara dos Representantes, salientando que durante a administração de Donald Trump, se recorreu aos direitos aduaneiros sobre os produtos chineses para tentar pressionar a assinatura de um acordo bilateral.
A embaixadora lembrou que os Estados Unidos têm atualmente direitos aduaneiros sobre mais de 300 ou 400 milhares de milhões de dólares de importações chinesas.
"Isso não levou a China a mudar", afirmou, acrescentando que os EUA devem pressionar mais a China para que mude de atitude.
Katherine Tai defendeu ainda que os Estados Unidos devem também desenvolver um plano para o futuro, apostando rapidamente no relançamento da indústria, como forma de se tornarem economicamente independentes da China.
"Enquanto mantemos a porta aberta às conversações com a China,(...) devemos também reconhecer os limites do acordo e voltar a página da anterior estratégia com a China, que consistia em insistir na alteração do seu comportamento", disse.
O tratado comercial com a China, assinado pelo anterior presidente Donald Trump, está em vigor desde janeiro de 2020.
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