Ministra britânica exige inquérito por crimes de guerra

A ministra britânica dos negócios Estrangeiros, Liz Truss, denunciou hoje os "atos revoltantes" cometidos pelo exército russo contra civis na Ucrânia, nomeadamente em Busha, na região de Kiev, e exigiu a realização de um "inquérito por crimes de guerra".

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Lusa
03/04/2022 13:57 ‧ 03/04/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Ao mesmo tempo que assistimos à retirada das tropas russas, encontramos cada vez mais provas de atos revoltantes cometidos pelas forças invasoras em cidades como Irpin e Busha", declarou Liz Truss num comunicado.

Para a governante, os "ataques indiscriminados contra civis inocentes durante a invasão ilegal e injustificada da Ucrânia pela Rússia devem ser objeto de um inquérito por crimes de guerra".

"Não permitiremos à Rússia que dissimule a sua implicação nestas atrocidades através de uma desinformação cinica", acrescentou.

Liz Truss assegurou que o Reino Unido defenderá a realização de um inquérito pelo Tribunal Penal Internacional e apelou de novo ao reforço das sanções contra a Rússia.

A agência France Press disse ter visto no sábado pelo menos 20 corpos de homens vestidos à civil numa rua de Busha e que um deles tinha as mãos atadas.

A ministra ucraniana dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kouleba, denunciou hoje "um massacre deliberado".

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Autoridades ucranianas denunciam "massacre deliberado" em Busha

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