As pessoas foram retiradas das regiões de Donetsk e Lugansk, reconhecidas por Moscovo como repúblicas independentes, e de outras "áreas perigosas" da Ucrânia, de acordo com o ministério, citado pela agência noticiosa russa TASS.
O porta-voz do Ministério da Defesa russo, Mikhail Mizintsev, disse que 3.447 menores se encontravam entre os deslocados. "Desde o início da operação especial, foram retiradas 704.434 pessoas, das quais 135.153 crianças", disse Mikhail Mizintsev.
Mais de 90.100 veículos já atravessaram a fronteira russa, dos quais 3.100 no último dia.
"Desde Mariupol, através do corredor humanitário a este, puderam salvar-se já 134.299 pessoas, incluindo 716 no último dia, sem a participação do lado ucraniano, uma zona sem lei", afirmou o porta-voz.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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