Em declarações a meios de comunicação social na capital da Áustria, Viena, o conservador Karl Nehammer indicou que a iniciativa da reunião partiu dele e que informou sobre o encontro as autoridades da União Europeia (UE) e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o qual visitou no sábado, na capital ucraniana, Kiev.
O chanceler austríaco disse estar determinado a "fazer tudo o que estiver ao seu alcance para garantir que sejam dados passos no sentido da paz", mas admitiu que as hipóteses de sucesso são escassas, segundo a agência de notícias austríaca APA.
Karl Nehammer explicou que planeou a visita a Moscovo durante a sua viagem à Ucrânia este fim-de-semana, para mostrar o seu apoio ao país que está sob invasão russa desde o passado dia 24 de fevereiro.
O chefe do governo austríaco precisou que falou sobre a viagem a Moscovo com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o chanceler alemão, Olaf Scholz.
A Áustria é membro da União Europeia, mas não da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), e alegou o seu estatuto de país neutro para não enviar armas para apoiar a Ucrânia.
No entanto, a Áustria condenou veementemente o ataque da Rússia à Ucrânia, denunciou crimes de guerra cometidos por tropas russas e participou nas sanções decididas pela UE.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.793 civis, incluindo 176 crianças, e feriu 2.439, entre os quais 336 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,5 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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