A mensagem do autarca foi publicada na rede Telegram horas depois de a Rússia ter ameaçado bombardear os centros de comando da capital caso o exército ucraniano ataque ou efetue alguma ação de sabotagem em território russo.
"Amigos! Hoje ainda é cedo para fazer um regresso em massa às vossas casas em Kyiv", alertou Klitschko, um ex-boxeador profissional.
"Confiamos nas recomendações dos militares e eles garantem que a ameaça continua a ser muito grande", disse, acrescentando que "a maior ameaça é o lançamento de foguetes" e, em segundo, as minas espalhadas pelos territórios adjacentes à capital.
O autarca lembrou que "infelizmente, já existem casos de mortes em consequência de explosões nos territórios minados pelos ocupantes".
"A nossa principal missão é salvar a vida das pessoas e ter paz. Portanto, não há necessidade de voltar a correr para a capital. Quem regressar, deve pesar todos os riscos", alertou.
O presidente da câmara de Kyiv referiu ainda que "o país vive sob lei marcial" e que, embora "Kyiv esteja mais calmo agora", os cidadãos não devem esquecer-se "que o objetivo do agressor era a capital".
O exército ucraniano "alega que o agressor não abandonou os seus planos e pode começar a executá-los a qualquer momento, portanto, devemos ser extremamente cuidadosos e ouvir as recomendações dos militares", insistiu Vitali Klitschko.
Os ataques do exército russo a Kyiv e arredores cessaram nos últimos dias e passaram a concentrar-se no leste do país, onde Moscovo está a reagrupar as suas tropas provavelmente para lançar uma nova ofensiva destinada a controlar a região do Donbass.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou a fuga de casa quase 12 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,6 milhões que abandonaram o país.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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