"As ações da Rússia visam aniquilar sistematicamente e de forma coerente o povo ucraniano, privando-o do direito à autodeterminação e ao desenvolvimento independente", refere o texto votado e aprovado por uma maioria de 363 votos em 450 votos.
"Isto requer o reconhecimento imediato das ações cometidas pelas forças armadas russas durante a agressão que começou em 24 de fevereiro de 2022 como genocídio do povo ucraniano", acrescenta.
A resolução exorta também as Nações Unidas, a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, o Parlamento Europeu, as Assembleias Parlamentares da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e da NATO, bem como os governos e parlamentos de todo o mundo, "a reconhecerem as ações do exército russo na Ucrânia como genocídio do povo ucraniano".
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e vários outros líderes estrangeiros acusaram o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, de levar a cabo um "genocídio" na Ucrânia, uma posição saudada por Kiev mas que é, como referido por juristas, uma retórica política e não facto legalmente estabelecido.
Na sessão parlamentar de hoje foi também anunciada a decisão do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia de suspender as atividades do partido pró-Rússia Plataforma da Oposição -- Pela Vida.
Na presença dos deputados do grupo, a decisão da suspensão foi anunciada dois dias após a detenção do líder do partido, o político pró-russo Viktor Medvedchuk, considerado um "amigo" do Kremlin e de Vladimir Putin.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 4,7 milhões das quais para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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