Janis Vitenbergs chamou a decisão de "histórica e disse que o Governo concordou em comprar gás para as próximas estações de outono e inverno ao terminal de gás natural liquefeito (GNL) de Klaipeda na Lituânia, a um terminal flutuante na Estónia -- cujas operações serão feitas em conjunto pelos dois países -- e à Finlândia.
A alteração na lei da Letónia para proibir a compra de gás de russo ainda tem de passar pela Saeima, parlamento letão.
O ministro da Economia, que representa o partido de centro-direita Aliança Nacional numa coligação de quatro forças partidárias presidida pelo primeiro-ministro, Arturs Krisjanis Karins, indicou que vai examinar propostas do setor privado antes de 31 de maio para impulsionar a construção de um terminal terrestre de GNL e de regaseificação na costa do país.
O governante esteve nos Estados Unidos há algumas semanas, onde se encontrou com potenciais investidores numa instalação de GNL na costa letã.
Na ocasião, Janis Vitenbergs adiantou que o principal critério para a escolha de um projeto deste tipo será que não precise de financiamento estatal, que possa ser construído rapidamente e que seja viável em termos económicos.
Falando sobre os planos para acabar com a dependência do gás russo, Arturs Krisjanis Karins explicou que a Letónia não daria garantias públicas a nenhum dos projetos de GNL, exceto a articulação estónia-lituana, sobre o fim das exportações de gás russo até ao final do ano ou antes.
Janis Vitenbergs disse ainda que transmitiu a negociação dos termos e dos acordos de compra de gás ao terminal flutuante estónio-finlandês, que ficará no porto estónio de Paldiski.
Em declarações à agência de notícias EFE, o governante afirmou que ainda é cedo para dizer se a Letónia vai partilhar o custo do aluguer do terminal de GNL através da empresa pública de energia Latvenergo ou se vai limitar-se a comprar o gás de que necessita.
De acordo com a imprensa estónia, o aluguer do terminal flutuante custaria à Estónia cerca de 10 milhões de euros por ano.
A Letónia, que anunciou que vai deixar de comprar gás russo no final do ano passado, também vai comprar gás do terminal de Klaipeda e o armazenará junto com o terminal do Paldiski numa instalação subterrânea na cidade letã de Incukalns.
Os armazéns de Incukalns são administrados pela Conexus Baltic Grid, criada em 2016 como uma rede de armazenamento e distribuição por atacado do Báltico.
"A capacidade ativa de gás da instalação de armazenamento subterrâneo pode chegar a 2,3 mil milhões metros cúbicos, o que pode colmatar totalmente as necessidades de combustível e energia da Letónia e da região", anotou a empresa no seu 'site' na Internet.
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