O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse esta quinta-feira acreditar que Portugal irá “apoiar” a Ucrânia “na sua vontade fundamental” de pertencer à União Europeia (UE). As afirmações de Zelensky surgem horas após ter discursado na Assembleia da República, onde pediu armamento e mais sanções contra a Rússia.
“Acredito que o povo de Portugal - e com ele os políticos portugueses - vai apoiar o nosso Estado na sua vontade fundamental de estar convosco na União Europeia”, começou por afirmar Zelensky, numa publicação na rede social Facebook. “O livre deve apoiar o livre. O decente deve apoiar o decente. O consciente deve apoiar o consciente”, frisou.
Considerando que Portugal não irá “trair” a Ucrânia “ou a si próprio”, o presidente ucraniano afirma que o país “já está num processo acelerado a caminho da União Europeia” e espera que, “num futuro próximo”, possa “obter o estatuto de candidato à adesão à União Europeia”.
“Quando a decisão for considerada, peço que apoiem a adesão plena à Ucrânia. Porque vocês na extremidade ocidental da Europa e nós na extremidade oriental da Europa temos os mesmos valores, a mesma visão de como deveria ser a vida no nosso continente”, frisou.
Na segunda-feira, o presidente ucraniano entregou o formulário preenchido de adesão à UE, num encontro com o embaixador europeu na Ucrânia, Matti Maasikas. "Quero agradecer por esta importante reunião. Hoje é uma das etapas para o nosso país aderir à União Europeia, aspiração pela qual o nosso povo luta e luta", afirmou na altura.
Ao 57.º dia, a ofensiva militar russa na Ucrânia já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
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